ANCORAR

Práticas de ancoragem para corpos navegantes

A maneira como o mundo opera se reflete na maneira como estruturamos nosso corpo, e vice-versa. Se construímos um mundo fragmentado, onde estabelecemos uma relação hierárquica entre intelecto e intuição, desequilibramos também o funcionamento do nosso corpo, acumulando demasiada energia na cabeça, exaurindo a parte superior e perdendo contato com o chão.
Quando perdemos o chão, nos desconectamos daquilo que nos apoia e nos nutre, a terra. E sem suporte nem nutrição, seguimos construindo um mundo fragmentado, doente e violento.

Essa cisão também quebra o funcionamento de um importante canal que atravessa nosso corpo, o eixo vertical. Esse eixo coincide com a direção da força da gravidade e marca nosso lugar no mundo, conectando céu e terra. É nele que encontramos a noção de Eu, e é por ele onde passam importantes fluxos de energia vital.

Reconectar-se com o chão é urgente! E essa re-conexão se dá pelo corpo:

Através dos meus ossos me alinho com o eixo vertical, piso meus pés no chão e encontro meu senso de integridade e meu lugar no mundo. Ergo minha cabeça abrindo espaço na nuca, e me conecto com meu senso de dignidade. E a pelve, ali no centro, marca o entre mundos, o portal de passagem que conecta céu e terra, dignidade e integridade.

Ao ativar a consciência no corpo da pelve para baixo, estabelecemos uma relação clara com o chão, ganhamos suporte e coragem para resgatar aquilo que é essencial, assumindo nosso prazer, nossa alegria e nossa inteligência intuitiva.

ANCORAR vem nesse contexto como uma prática de movimento com abordagem somática, que busca justamente estratégias através do corpo para resgatar essa conexão com o solo.

Um trabalho de pesquisa criado e partilhado por Flora Mariah desde 2018, as práticas do ANCORAR são jornadas de resgate e conexão através do corpo e do movimento que atravessam 3 níveis de suporte: o chão, os suportes internos e o suporte em rede.

Trabalhamos profundamente a relação com o chão, o peso e a gravidade, estudamos e mobilizamos a pelve através de movimentos circulares e vibrações, engajamos com o eixo vertical e criamos espaço de passagem no corpo para nossa expressão mais autêntica. Sem coreografias, nem formas ideais a se perseguir, abrimos caminho em busca de nós mesmes, criando raízes fortes que vão nutrir e sustentar nosso prazer e nossa alegria em mover.

Essa jornada compõe três diferentes modulações de trabalho, que são exploradas em todas as aulas, mas podem também ser experimentadas separadamente de maneira mais aprofundada nas imersões.

A Prática

Conheça os três Módulos

I. Módulo Âncora

A função da âncora é encontrar o chão debaixo d’água.

Primeiro, encontramos com o chão, tomando consciência do nosso peso e de nossa estrutura de suporte mais profunda, os ossos. Em seguida, interagimos com a gravidade, experimentando as direções opostas que se manifestam no corpo quando nos relacionamos com o chão com uma intenção clara.

II. Módulo Bússola

Aqui, descobrimos outros níveis de suporte: nossas estruturas de suporte interno.

Uma dessas estruturas de suporte é a pelve, que recebe uma atenção especial porque ocupa um lugar central no corpo, atuando como um importante canal de comunicação entre as partes inferior e superior.

A pelve é nossa bússola interna, nosso centro de energia sexual e criativa, é a base do tronco, e um portal de passagem entre dentro e fora, céu e terra. Nosso primeiro berço e primeira experiência de apoio, contorno e nutrição.

Vamos estudar e mobilizar esse grande centro de energia chamado pelve. E, a partir do movimento, vamos liberando tensões desnecessárias para que a pelve possa exercer sua função de canal e se articular com as outras estruturas de suporte em um nível mais profundo, capaz de dar suporte à nossa expansão.

III. Módulo Navegação

E, no limite da nossa expansão, encontramos o outro / o mundo.

Descobrimos aqui um nível de suporte mais horizontal, o suporte comum, onde, com os pés firmes no chão e os canais abertos, encontramos pontos de interseção com o outro, ofereço e recebo apoio sem me perder de mim. Juntes, nos tornamos corresponsáveis por compartilhar e multiplicar nossa alegria, e, assim, na partilha, encontramos o milagre da multiplicação em festa.

Benefícios da Prática

Relação com o chão e estrutura óssea

Maior conexão com o corpo e o solo
Desenvolve a consciência corporal a partir do contato com o chão
Melhor relação com a gravidade, seu peso e seu eixo vertical
Resgata o senso de enraizamento e estabilidade
Trabalha a a relação entre mobilidade e estabilidade
Redução de tensões e sobrecarga
Ajuda a redistribuir o peso e aliviar tensões desnecessárias
Permite maior fluidez e leveza nos movimentos.

Reconhecimento da pelve como centro de energia e de suporte

Maior mobilidade pélvica
Melhor relação com sua energia sexual e criativa
Estimula a experiência do prazer e da alegria como práticas de cura e reparação
Maior consciência sobre seu alinhamento
Abertura de espaços internos
Ativação de fluxos de energia relacionados à energia vital
Favorece um estado de bem-estar físico e emocional
Consciência da pelve como centro de equilíbrio e vitalidade

Suporte e conexão com o coletivo

Estimula a escuta interna e a percepção corporal mais profunda.
Maior consciência sobre seu próprio corpo em toda sua potência e seus limites
Reequilibra a relação entre intelecto, intuição e sensibilidade
Cria um espaço seguro para troca e apoio mútuo
Explora a interdependência sem perder a autonomia individual.

Testemunhos

"Sinto que o teu acompanhamento desbloqueou tanta energia em mim e me beneficiou tanto. Trouxe tanta mobilidade, tanta reconexão com a pelve, tanta libertação. Conto os minutos para cada aula. São todas únicas, especiais e lindas. Saio sempre delas toda uau e muito mais eu."

Liliana Sofia

“Muito obrigada por nos guiar neste processo vulnerável e poderoso. Tem sido super empoderador e libertador para mim. Eu realmente aprecio o trabalho que você faz e o espaço seguro que você criou para nós.”

E.B.

“Sempre tive dores durante a menstruação e, depois de fazer suas aulas, pela primeira vez não senti mais.”

Veronika

"Dançando com o que há... ah, e agora quando danço assim em modo social, sinto muitas vezes que é a minha pelve que me dança a mim. Isso se deve ao Ancorar sem dúvida, muito potentes essas práticas."

Sara Machado Morais

"Estou tocada e intrigada pela forma como você é capaz de comunicar seu profundo conhecimento sobre nossos corpos e mediar essa experiência para os outros. Esse é seu lindo presente."

Nikola

"Seu trabalho é lindo e abre um portal de percepções internas que reverbera em muitos aspectos da nossa vida. Me sinto hoje muito mais consciente do meu lugar, do meu espaço, do meu movimento.

Eu desejo que esse trabalho cresça e prospere.

Que chegue a mais mulheres pois realmente é muito potente."

Patricia Rozinholli

“Pratiquei hoje e consegui sentir uma sensação de calor, vivacidade e abertura nos quadris, nos ísquios e nos tecidos circundantes.”

Niko

“Tenho feito várias coisas para dar suporte ao meu útero, mas estou bem convencida de que o trabalho com você é uma grande parte de mover a energia estagnada ao redor do meu útero e deixar minha pélvis mais alinhada.
Tão maravilhoso, obrigada.”

Marysia P.

“Depois que comecei a fazer suas aulas, sinto uma relação melhor com meus apoios, até ando com mais confiança”

Livia