

O Trabalho
ANCORAR é um projeto de pesquisa do corpo e do movimento que desenvolve práticas de ancoragem a partir de um estudo da pelve e suas conexões.
A base do tronco, um portal de passagem entre fora e dentro, o ponto de conexão entre a parte inferior e superior do corpo. A pelve é fonte de vida, de prazer e de criação, é o nosso primeiro berço, a nossa primeira experiência de suporte, de contorno e acolhimento.
Quando movemos nossa pelve, movemos nossa história, e tocamos em conteúdos profundos da nossa subjetividade, não só a nível individual, mas também a nível coletivo e até ancestral. No entanto, podemos passar uma vida reprimindo esse potencial para não entrar em contato, e, inclusive, vivemos numa sociedade que incentiva isso. A questão é que essa falta de contato nos desinstrumentaliza e nos torna incapazes de sustentar nosso próprio potencial expansivo, nosso prazer e pulsão de vida. Acabamos, muitas vezes, encontrando apenas duas saídas: ou reprimimos a expansão porque não damos conta, ou explodimos por completo, desperdiçando muita energia vital.
A aposta deste trabalho que venho desenvolvendo desde 2018, é que a partir de um estudo da pelve e suas conexões, podemos encontrar caminhos de acesso à nossa potência pessoal, e desenvolver ferramentas que nos ajudem a fortalecer a estrutura que dará suporte a ela.
Metodologia e Modulações
Através de práticas da educação somática e da dança, vamos nos conscientizar da pelve em sua estrutura, função e expressão, e trabalhar em busca de maior suporte, vitalidade e sustentabilidade.
Nas práticas do ANCORAR, vamos transitar dentro de 3 modulações de trabalho:
I. ÂNCORA
Onde fazemos um trabalho de aterramento a partir do reconhecimento de importantes estruturas de sustentação, como os ossos e o diafragma pélvico. Buscamos na relação com o chão, o peso e a gravidade formas de fortalecer a estrutura que vai sustentar nossa própria potência. Aqui, encontramos nosso lugar no mundo, nosso ponto de partida.
II. BÚSSOLA
Aqui, trabalhamos a relação com o espaço. Tomamos a pelve como nosso ponto de partida e ativamos sua potência móvel, que nos dá um senso de direção. Partimos para o movimento, porque temos para onde voltar.
III. NAVEGAÇÃO
Com os pés no chão e um senso de direção, nessa modulação encontramos nossa coragem, e nos permitimos ser canal, abrindo passagem e dando forma àquilo que nos atravessa. Experimentamos apenas oferecer suporte ao movimento que emerge e desfrutar dessa expansão com prazer e autonomia.
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Um convite a mergulhar em nossa subjetividade a partir do corpo, da dança e do contato com a pelve, buscando ferramentas que darão suporte aos nossos processos e ao nosso prazer.

As práticas do ANCORAR se destinam a todos os corpos, a não ser nas práticas para gestantes que têm uma abordagem direcionada a este público. Confira aqui embaixo os formatos disponíveis para se experimentar a prática: